No fim de 2022 eu decidi tirar férias e viajar para outro país, queria conhecer algum lugar da américa latina e depois de ver as opções, resolvi ir para o Peru. Eu amo a comida peruana e sempre fui apaixonado pela cultura Inca.

Meu tratamento

Essa foi minha primeira viagem desde o meu intercâmbio na Irlanda em 2019 e eu estava bem ansioso. Sobre a doença de Crohn e meu tratamento, eu estou bem ultimanete e não tive mais sintomas. Estou sem tomar remédios há 3 anos, mas devo voltar em breve, e venho cuidando da minha alimentação nesse período.

Como estou sem remédios e minha viagem duraria 10 dias, não precisei me organizar muito em relação a doença. Não levei remédios, meu histórico nem exames, como havia feito para ir para a Irlanda. Contratei um seguro viagem para ficar mais traquilo, mas torci para não precisar usar.

Como foi minha experiência

E minha viagem foi incrível. Os peruanos são muito solícitos e as paisagens são muito bonitas. Visitei algumas ruínas incas, museus e realizei um sonho de criança conhecendo aquele lugar.

A comida é maravilhosa mas tive o cuidado de comer só em restaurantes e nada de tão diferente. Cheguei a experimentar carne de alpaca e porquinho da india, que são comidas bem tradicionais lá, e eu gostei até. Havia banheiro publico em todo lugar então fiquei mais tranquilo.

Meu medo por causa da Doença

Porém, um dia eu havia fechado um passeio para um lugar chamado Lagoa Humantay, que é uma lagoa numa montanha cercada por neve muito bonita. Mas é necessário sair de casa 4:30h da manhã, andar de van por 3 horas e subir a montanha caminhando por 2 horas só para chegar no lago.

Enquando esperava a van me buscar de madrugada fiquei pensando se valeria a pena todo esse esforço, eu não havia roupa corta vento, nem tenis para fazer hiking. Mas eu estava realmente com medo de precisar usar o banheiro enquanto subia a montanha e acabei não indo.

Conclusão

Esse é o mesmo medo que eu sentia de pegar transporte publico e sair de casa no início do meu diagnostico. Mesmo depois de conviver com a doença por 7 anos e achar que já a superei, ela ainda me exige um esforço e coragem enorme para fazer algumas coisas.

Nesse dia ela me impediu de visitar o lago. Mas quero voltar pra lá pra supera-la em algum momento. E fico muito feliz por ter dado tudo certo, ter conhecido outro país e com as lembranças que guardarei dessa viagem.